Lucas 22.39-44 - Jesus suou sangue

“E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram. E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação. E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia. E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.” Lucas 22.39-44

Já li essa passagem bíblica inúmeras vezes, mas de alguma maneira, dessa vez ela me tocou de um modo diferente. A riqueza de detalhes apresentada por Lucas permite uma viagem no tempo para aquele local na nossa imaginação, porém, é o Espírito Santo quem abre o nosso entendimento para a compreensão do que aconteceu ali naquele dia.

Jesus estava vivendo seus últimos momentos nesse mundo. Em breve seus perseguidores o aprisionariam. Ele precisa conversar com o Pai. Seu coração estava angustiado... Mas, exatamente por quê? Por causa da morte que se aproximava? Não, não era somente isso. Medo das armas romanas que estavam preparadas para o ferir? Também não.

Vemos que Jesus estava no seu lugar de oração. Seus amigos ficaram de longe e ele orava de joelhos pedindo a Deus que a vontade do Pai fosse feita. Sendo assim, ele realmente teria que carregar o pecado do mundo. Um anjo aparece e o conforta. Mais do que isso, o anjo o fortalece. Deus sabia que não era fácil, mas era necessário. Sem o sacrifício de Jesus, nós não teríamos chance nenhuma de nos religar com o Pai. Estaríamos perdidos para sempre.

Notemos que ele ainda não está carregando as iniquidades de todos nós. No entanto, somente a idéia do pecado invadir o seu ser, agonizava o Senhor a ponto de Ele suar sangue.

Foi aqui que eu comecei a chorar. A idéia do pecado. Não o fato consumado ainda, apenas a idéia o fez suar sangue. Como era puro e santo o nosso Senhor Jesus Cristo. Oh, meu Deus, que sacrifício sem igual e tremendamente maravilhoso.

Costumo brincar com meus alunos quando fazem uma boa prova “tal mestre tal discípulo”. Como seria bom se Jesus pudesse falar o mesmo de nós, seus discípulos. Ainda que ele tenha nos pedido isso: “…aprendei de mim” (Mat. 11:29), vacilamos na dedicação ao Senhor, no estudo da Palavra, e retardamos o processo de santificação que deve ser crescente e contínuo.

Como é triste ver exatamente o contrário na relação humanidade, como um todo, e o pecado: “Pés que se apressam a correr para o mal...” Provérbios 6.18

O mal fazejo. O mal entendido. O mal falado. O mal intencionado. O mal explicado. O mal elaborado. E tudo que é mal é feito com pressa, correndo.

Uma corrida para o Mal, para o pecar.

Filhos de Deus que não se apressam para o estudo bíblico, para o culto de oração, para a reunião de evangelismo, mas correm léguas para a prática do que não agrada ao Senhor. Estamos nos esquecendo do Senhor. Sim, estamos nos esquecendo que somente a idéia do pecado o fez suar sangue. Apenas a idéia.

“ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional... Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem... Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem...” (Romanos 12)

E ainda: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” IPedro 1:15

Minha oração é que a Palavra de Deus ecoe em nossos corações, fazendo-nos lembrar sempre que devemos ser santos, como é Santo aquele que suou sangue apenas com a idéia de pecado. E assim pensando, banir com orações e súplicas toda a idéia de pecado que se aproximar de nós.

“Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.” Salmos 119.11

Que o Senhor a todos abençoe é a minha oração!